Para começar, o seu modo de vida tem uma incidência no funcionamento do seu sistema auditivo. Um estudo demonstrou que a prática de uma atividade física regular melhora a circulação sanguínea ao nível do ouvido interno, ativando o sistema cardiovascular (1).
Corrida, ioga, caminhada rápida... o importante é encontrar uma atividade que lhe agrade e praticá-la 2 a 3 vezes por semana para constatar os benefícios que esta lhe proporciona.
Regra geral, cuide também de limitar a sua exposição ao stress e faça uma alimentação variada e equilibrada para manter o organismo nas melhores condições.
Uma estimulação diária das suas capacidades auditivas e cognitivas pode igualmente ajudar a conservar o seu sistema auditivo (2).
Jogos de estratégia, jogos auditivos ou associações cognitivas permitem estimular a sua audição e treinar o cérebro para reconhecer sons, determinar a distância a que se encontram ou melhorar a sua capacidade de concentração auditiva num ambiente ruidoso, por exemplo.
Existem algumas aplicações para smartphone concebidas, nomeadamente, para o(a) ajudar a manter uma acuidade auditiva bem desenvolvida.
O Gingko biloba é uma árvore com uma longevidade excecional, apelidado a “árvore das mil virtudes”. É utilizado há mais de 4000 anos na medicina tradicional chinesa.
O extrato de ginkgo é conhecido, entre outras coisas, por contribuir para apoiar a circulação sanguínea periférica... daí o interesse que tem para a audição (3). Contribui também para conservar a memória e melhorar as capacidades cognitivas.
Opte preferencialmente por um suplemento alimentar de Ginkgo biloba com elevado teor de ingredientes ativos (como Ginkgo biloba). Encontrará igualmente este composto em determinadas fórmulas sinérgicas como Hear Loss Formula (que associa ginkgo, vinpocetina, glutatião...) e OptiHear (rica em ginkgo, mas também em vitaminas e minerais).
Para evitar uma perda auditiva, mesmo que mínima, ou o surgimento de problemas auditivos, a prevenção é crucial, nomeadamente ao nível do ruído. Os jovens estão particularmente em risco, pois acumulam vários fatores de risco.
Assim, aconselhamos evitar a utilização prolongada de auscultadores ou auriculares com um volume de som elevado e proteger os ouvidos utilizando proteções auditivas durante os concertos, por exemplo (4).
No quadro profissional, o Código do Trabalho prevê uma regulamentação específica para limitar os riscos, nomeadamente nos chamados open spaces ou em certas profissões particularmente expostas.
Outro conselho para melhorar de forma natural a sua audição: uma limpeza ideal e regular do seu canal auditivo. Este produto denominado cerume é uma substância de cor amarela semelhante à cera de abelha, de textura mole, mas que endurece e oxida com o passar do tempo. A produção de cerume é mais ou menos significativa consoante os indivíduos e desempenha um papel importante na proteção contra os elementos externos e as bactérias.
Quando o cerume atinge a entrada do canal auditivo pode ser retirado 1 a 2 vezes por semana com várias técnicas suaves: utilizando um utensílio de limpeza do ouvido (uma espécie de ferramenta em metal curva) ou produtos de otorrino adaptados à base de oligoelementos ou de solventes, em caso de obstrução.
Os profissionais desaconselham, pelo contrário, a utilização de cotonetes, frequentemente mal usados e que propicia a formação de obstruções ao empurrar o cerume para o interior do canal auditivo.
Ministrado por ortofonistas, o treino auditivo pode ser uma forma de recuperar ou melhorar naturalmente a sua audição. Regra geral, é aconselhado antes ou após a colocação de um aparelho auditivo, para otimizar a respetiva eficácia.
Composto por várias sessões, o treino auditivo caracteriza-se pela realização de exercícios que visam desenvolver a compreensão, a memória ou a distinção entre os vários tons. Este treino é semelhante aos exercícios de estimulação, de que falámos antes. Pode ser prescrito pelo otorrino ou pelo seu médico de família.
Segundo a OMS, 1 em cada 4 pessoas no mundo deverá sofrer de problemas de audição daqui até 2050. E, ao contrário do que se possa pensar, a surdez não afeta só os seniores. Em França, por exemplo, cerca de 33% das pessoas afetadas por perda auditiva têm 15 e 44 anos.
Em caso de surgimento de problemas auditivos ou de perda auditiva, mesmo mínima, não espere e marque rapidamente uma consulta num otorrino para fazer um check-up auditivo e pôr em prática as recomendações necessárias.
Caso use aparelho auditivo, este deve também ser verificado regularmente para confirmar a eficácia e poder fazer eventuais ajustes necessários.
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